Limnologia e os métodos de coleta e análise de águas continentais

Limnologia e os métodos de coleta e análise de águas continentais

Em março, em comemoração ao mês das águas, vamos falar um pouco sobre os métodos utilizados por quem trabalha com o meio aquático. Uma das áreas de estudo das águas é a limnologia, que estuda os ecossistemas aquáticos continentais. Existem vários métodos de coleta de água utilizados na limnologia, que variam de acordo com o objetivo do estudo e com as características do corpo d’água.

Coleta de amostras de água superficial: consiste na coleta de água na superfície do corpo d’água, utilizando-se um recipiente, como uma garrafa de plástico ou vidro, que é mergulhado na água. Esse método é utilizado para análise de parâmetros como temperatura, pH, condutividade elétrica, nutrientes, clorofila e outros. Quando é necessário coletar água em diferentes profundidades, utiliza-se uma garrafa de Van Dorn. Ela é composta por um tubo cilíndrico com um peso na parte inferior e uma tampa na parte superior. A válvula de disparo na parte inferior pode ser acionada por um cabo de aço ou uma corda para fechar a garrafa e capturar a amostra.

Para analisar o sedimento, amostras são retiradas do fundo do corpo d’água utilizando diferentes dispositivos como garrafas de Van Dorn, corers, amostradores de gravidade, dragas e dredges, escolhidos com base na profundidade, tipo de sedimento e objetivo da análise. Cada método de coleta tem suas vantagens e limitações, sendo essencial escolher o mais apropriado para cada situação. Após a coleta, várias análises podem ser realizadas, incluindo físicas (granulometria, cor e textura), químicas (nutrientes, metais pesados, pesticidas e outros contaminantes) e biológicas (estudo da fauna bentônica).

Existem várias técnicas de coleta da fauna bentônica, que são os organismos que vivem no fundo de rios e lagos. Amostragens de material no fundo são realizadas com dragas como a de Ekman ou a rede de Surber. Já a coleta manual utiliza pinças ou redes em D para coletar organismos que ficam nas margens ou vegetação.

O estudo do fito e do zooplâncton envolve a coleta de amostras de água, seguida da identificação e contagem dos organismos. Estes organismos podem ser analisados para fins de monitoramento da qualidade da água, estudos de ecologia e para entender a dinâmica de populações.

As redes de fito e zooplâncton são instrumentos utilizados na coleta de organismos planctônicos, que incluem algas e animais pequenos que flutuam na água. Essas redes são feitas de malha fina e são arrastadas na superfície da água ou a profundidades específicas para coletar amostras. A seleção da malha depende do tamanho dos organismos que se deseja coletar, e as redes podem ser confeccionadas com diferentes formatos e tamanhos. As amostras de água são filtradas e os organismos são preservados e identificados com a ajuda de microscópios e chaves taxonômicas. As informações obtidas podem ser usadas para inferir a saúde do ecossistema aquático e monitorar mudanças ao longo do tempo.Cada técnica de colete biológica é útil para diferentes tipos de organismos ou condições ambientais, e é importante que as amostras sejam coletadas de forma aleatória e representativa para garantir a confiabilidade dos resultados.

Além desses métodos, existem outras técnicas de análise da água. Uma delas é o uso de sondas multiparâmetros, que permitem a medição simultânea de vários parâmetros da água, como temperatura, pH, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, entre outros. Essas sondas são conectadas a um computador que registra e armazena as informações obtidas, permitindo a análise dos dados posteriormente.

Outra técnica de análise da água é o uso de dispositivos de registro de dados como dataloggers e perfiladores. Esses dispositivos são projetados para coletar dados de forma contínua e podem ser usados para monitorar mudanças ao longo do tempo em corpos d’água, o que é essencial para o estudo da limnologia. Eles podem medir parâmetros físicos e químicos e biológicos da água, como temperatura, pH, oxigênio dissolvido, clorofila, turbidez, entre outros.

A escolha do método de coleta de água mais adequado depende do objetivo do estudo e das características do corpo d’água em questão. É importante que os métodos sejam padronizados e que as amostras sejam coletadas em diferentes pontos e horários, para que os resultados sejam representativos e confiáveis. Estes estudos permitem entender melhor os processos que ocorrem nos ecossistemas aquáticos e auxiliam na tomada de decisões para a gestão e conservação desses ambientes.

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